FATOS POLICIAIS

domingo, 28 de julho de 2024

LOPO JOAQUIM DE ALMEIDA HENRIQUES

 


LOPO JOAQUIM DE ALMEIDA HENRIQUES

51º MANDATÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE 51º (QÜINQUAGÉSIMO PRIMEIRO) GOVERNANTE DA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE, NO PERÍODO DE  30 DE AGOSTO DE  1802 A 19 DE FEVEREIRO DE 1806 -  (ÚNICO MANDATO)

PRECEDIDO POR GOVERNO DO SENADO DA CÂMARA SUCEDIDO POR GOVERNO DO SENADO DA CÂMARA

Cavaleiro da Ordem de Aviz, era Sargento-mor da Infantaria da Corte quando foi nomeado Capitão-mor e Governador do Rio Grande do Norte por Patente Real outorgada pelo Príncipe Regente Dom João VI, em 2 de junho de 1802. Dois meses depois, mais exatamente a 23 de agosto, prestou homenagem e demais deferências de costume ao governo de Pernambuco e veio para Natal, aqui chegando e sendo empossado em 30 do mesmo mês perante o Senado da Câmara. Afora atos comuns próprios ao cargo, tais como concessões de datas de terra, provimento de postos militares e encaminhamento de relatório ao Reino dando conta das extremas precariedades em que se encontravam as defesas da Capitania, acrescendo-o com correspondente solicitação de recursos a fim de suprir ou ao menos minorar tais defasagens, suas intervenções parecem haver se resumido ao cometimento de inúmeras e flagrantes injustiças. Gonçalves Dias, citado por TAVARES DE LIRA (1982, p. 165), escreveu sobre ele: Lopo, homem despótico e violento, cometeu toda a espécie de arbitrariedades: mandou fazer roçados de mandioca pela tropa em lugares por onde hoje se estende a cidade, e plantações de melancia, de que tirava a parte do leão. Homens brancos foram vistos, em dia claro, amarrados ao pelourinho e surrados como ladrões de melancia. O clamor de tantos absurdos chegou enfim a ocupar a atenção da Corte e, por ordem dela, o governador de Pernambuco, Montenegro (Caetano Pinto de Miranda Montenegro), intimou a este Capitão-mor, em nome do rei, que se retirasse para Pernambuco no prazo de oito dias, se tantos fossem precisos. Esta intimação deu-se em janeiro de 1806 mas, como registram VICENTE DE LEMOS e MEDEIROS, Pela carta de 16 de março de 1804, encontrada na Caixa 6, nº 422, do Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, os Oficiais da Câmara de Natal já relatam as peripécias de Lopo na governança da Capitania que não agradavam a ninguém e punham em perigo a paz dos povos sob o seu mando (1980, p. 65). Algo de positivo provavelmente terá feito, senão vejamos. Manoel Ferreira Nobre, citado por CÂMARA CASCUDO (1989, p. 155), noticia que o Baldo, tradicional logradouro público de Natal, foi fundado no ano de 1810 pelo governador Lopo Joaquim de Almeida Henriques. O Capitão de Artilharia do Regimento de Olinda, José Xavier de Mendonça, foi o administrador da obra, sendo operários praças da mesma Companhia. A mesma informação consta em VICENTE DE LEMOS e MEDEIROS (op. cit., p. 66), não obstante o próprio CÂMARA CASCUDO diz ser errônea, sem, no entanto, a esclarecer. Lopo Joaquim entregou o governo ao Comandante Joaquim José do Rego Barros e ao Vereador Luís Antônio Ferreira – os quais se mantiveram à frente dos negócios públicos nos poucos dias que perfazem de 19 de fevereiro a 23 de março de 1806. Lopo Joaquim havia, então, ido embora – definitivamente

FONTE FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

LOPO JOAQUIM DE ALMEIDA HENRIQUES

  LOPO JOAQUIM DE ALMEIDA HENRIQUES 51º MANDATÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE 51º (QÜINQUAGÉSIMO PRIMEIRO) GOVERNANTE DA CAPITANIA DO RIO GRAN...